por Durkheim se deu tardiamente. Os diários privados de Malinowski só vieram a público após a sua morte. Há uma boa razão para que isso tenha se dado: a historiografia nos ensina que a distância oferecida pelo tempo é um elemento importante na construção do entendimento, processo de reflexão que permite compreender o passado.
(O pai) –, mas não só. O outro corpo emoldura com as mãos a mesma região, mas ali se encontra desgenitalizada, convertido em tentáculos. Cahun está metamorfoseada em um polvo, sua cabeça ausente, e seus pés lhe seguem sendo úteis fora da água. A classe dos cefalópodes, diz Vilém Flusser em um livro dedicado a criticar a nossa existência vertebrada desde a perspectiva de um molusco, é aquela em que o rabo engoliu a cabeça, conformando um corpo que é uma boca circundada por pés. Deleuze dizia que a saúde, como a literatura, consistia em inventar o povo que falta, um povo cuja overlookão não seria a dominação; Cahun, sua pele brilhando ao sol, a viscosidade de seus novos membros, aqui incorpora o polvo que falta, isto é, um corpo que a cada vez dá corpo a si mesmo, expandido as possibilidades para a sua forma.
E por isso a urgência de pensar o feminino, historicamente enclausurado e silenciado. Foi esse o feminino oprimido, e com ele o corpo e as possÃveis fabulações da mulher, diretamente conectada com ele. Mas não há, também, feminino no homem?
View Photograph · Domi @dominiquecunha_ Jul seven que triste conhecer gente legal quando o semestre ta acabando e todo mundo vai embora pra suas cidades
Tratando-se de ordem do discurso, o mundo eletrônico cria uma tripla ruptura: ele provê uma nova técnica pra inscrever e disseminar a palavra escrita, ele inspira um novo relacionamento com os textos, e ele impõe uma nova forma de organização para esses textos (Chartier, 2004b, p. 142)[four].
Segundo Marcus (1994), o pós-modernismo radicalizou crÃticas internas já existentes nas ciências humanas consolidando-as, a exemplo das are inclinedências para questionar a linguagem e suas convenções retóricas utilizadas no campo cientÃfico. Também estimulou o desenvolvimento de posições reflexivas e autocrÃticas que exploram as dimensões ético-polÃticas e epistemológicas da produção do conhecimento problematizando a construção da objetividade cientÃfica a partir da consideração da subjetividade do métier do pesquisador.
cotomba @BetinadeBem Jul 15 O Brasil é estrela até mesmo não estando na last, paÃs icônico faz assim twitter.com/jumelguiso/sta…
Abstract: This paper is surely an workout to consider inhabiting a border, not forgetting the feminine that may be, historically cloistered and silenced within the female. over here A movement to the struggle from the language, a gesture of investigation with the Ebook from the Neighborhood
. É esta experiência de empatia que faz surgir o terreno fileértil para que ele conte a sua experiência, é ela que o faz encontrar, já idoso, uma razão de viver. É falando e escrevendo sobre seu passado, que Seel irá sobreviver
(1938), quer transcender os limites epistemológicos de seu tempo e achar a quebra ontológica que uniria os fragmentos e nos permitiria a todos ser, para além de sujeito e objeto.
Esta é a afirmação de Woolf: quero ser muitos, ao mesmo tempo, em ondas, todos costurados em mim. A própria forma do romance que Woolf revigora metaforiza esse tempo feminino, cÃclico e monumental. O desditoso termo “fluxo de consciênciaâ€, em Woolf, que sempre escapa de uma mente isolada para rastrear os pensamentos complementares de personagens distintas, pode ser reaprendido como uma tentativa de quebrar o tempo masculino com o feminino, um redimensionamento temporal. Se o tempo da história se outline, culturalmente, como o tempo dos grandes desbravadores, dos conquistadores, do progresso, esta outra temporalidade se define como objeto desse tempo, o tempo da permanência. O tempo matrilinear é entendido culturalmente por seu lugar fora da história, e à mulher então afixou-se o tempo cÃclico – que se metaforiza corriqueiramente pelo ritmo biológico feminino –, e o monumental – tempo resultante do cÃclico, que dá à eterna repetição dos ciclos femininos uma aura mÃstica, como se ela sempre ficasse, se renovasse, permanecesse.
Alguma coisa aconteceu comigo. Alguma coisa tão estranha que não aprendi o jeito de falar claramente sobre ela. Quando souber finalmente o que foi, essa coisa estranha, saberei também esse jeito.
[thirteen] A questão de código relaciona-se com a questão ergódica, neste caso. Não há narrativa sem elementos ergódicos para que esta desenrole em desafios e sucessos. Também não há elemento ergódico sem narrativa, já que os elementos se encadeiam em sequência. O código apresenta o conjunto de dados que significantlyão o jogo ser “materializado†quando este é rodado no console; as imagens, cenas, sons e efeitos vibratórios estão todos inseridos no código programado que será posto em funcionamento com a interação do jogador.
, como destaca o comentário já conhecido de Elie Wiesel, que ao saber de sua morte afirmou: “Primo Levi morreu em Auschwitz quarenta anos depoisâ€. Em paralelo, há Jorge Semprún, que com seu livro A escrita ou a vida